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O som que ecoa pela eternidade

Atualizado: 5 de abr.

Essa semana assisti a um vídeo do Rick Phino no Instaram falando que os líderes de adoração devem preferir cantar as suas próprias canções. O que Ele estava se referindo era a respeito da maturidade de um adorador.


Sabemos que nem todos os músicos são compositores, especificamente. Então como ele poderia estar fazendo uma afirmação dessas?


“Cantai ao Senhor um cântico novo” (Sl 96)


Em primeiro lugar, é importante mencionar que a Bíblia é muito específica em relação à divisão de tarefas. Por exemplo, ela fala que somos membros de um corpo (1 Co 12.12), fala que uns foram chamados para serem mestres, outros emissários, outros profetas (1 Co 12), etc. Então porque acreditamos que a maturidade de um adorador estaria vinculada a que todos os adoradores cantassem suas próprias canções?


“Quando eu era menino falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem deixei para trás as coisas de menino.” (1 Co 13.11)


OBS: Maturidade significa “condição de plenitude em arte; saber ou habilidade adquirida”.


Quando éramos bebês, repetíamos tudo o que nossos pais e pessoas mais velhas falavam. No processo da aprendizagem, copiamos os sons, as palavras, tentamos copiar todos os jeitos das outras pessoas. Quando alcançamos certa idade, compreendemos que temos um “eu” próprio, aprendemos novas palavras, escolhemos a forma como vamos andar, assim por diante. É um ciclo natural da vida. Assim também é na adoração. Com o chegar da maturidade na adoração, conhecemos que temos um som próprio, uma voz única e que as nossas “cópias” e referências anteriores nos deram base para conhecermos isso e chegarmos até ali.


Há um som único dentro de nós. Esse é o ponto central da discussão. Adoradores maduros o reproduzem, produzem sua essência, ao invés de ficarem tentando reproduzir o som de outro. É isso que Rick Phino quis dizer. Muitos podem ficar a vida inteira repetindo as canções já gravadas, repetindo as mesmas ministrações, etc. Mas o maduro é encontrado mesmo quando está cantando uma canção de outra pessoa, pois se sabe quem está ministrando naquele momento. O som dele é único. Uma pessoa em quem vejo muito isso é o Gabriel Guedes. Ele faz vários covers, mas sempre sabemos quando é ele que está ministrando. O som dele é único. Assim como o seu também é!


Vou dar um exemplo muito simples. Uma música que todos conhecemos e que está “super em alta”: Ousado Amor.


Fui a uma igreja que o ministro foi, cantou essa música, fazendo as mesmas firulas, os instrumentistas tiraram todos os arranjos iguaizinhos à versão escolhida pra cantar, as interpolações eram as mesmas e, como se não bastasse, a ministração foi igualzinha à da versão do youtube “teu amor não falhaaaaaa não nos decepcionaaaa”. Estou forçando na parte crítica pra tentar chegar onde quero. Pergunta: o que há de novo?


Isso é ruim quando se tem todos os momentos do louvor sendo cópias de momentos lindos que vemos no youtube. Deus age de muitas formas. Especialmente, acredito que há algo novo de Deus liberado para cada culto. Há algo para alcançarmos. Como Efésios 1.3 diz “bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”. Acredito que Deus libera bênçãos e verdades no reino do espírito para todos os momentos de reunião e que podemos trazer à existência através da adoração. O Espírito nos conduz a isso.


“[...] Deus que dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que não existem como se existissem” (Rm 4.17).


Para complementar, gostaria de contar algo que conheci em um congresso, em Juiz de Fora, em que o Pastor Sóstenes Mendes pregava. Ele explicava que no mundo espiritual não há paredes, como temos aqui no nosso mundo físico. Imagine um vácuo. O que se fala, cada palavra, ecoa pela eternidade, infinitamente. Aquilo é declarado de forma eterna. Fiquei imaginando que isso explica muitas coisas. Uma delas é do por quê Jesus deu ênfase às palavras. Ele ensina muito sobre isso, por exemplo, que daremos conta de cada palavra fútil (Mt. 12.36), do poder usando-as (Lucas 9), se fala disso em toda a bíblia! Em provérbios, Eclesiastes, salmos, gênesis, Pedro, apocalipse, etc etc.. As palavres tem poder mesmo!


Agora imagine a importância da reprodução do seu som individual. Imagine isso se reproduzindo pela eternidade, em frente a anjos, para justiça e glória de Deus e a demônios, para sua própria vergonha. É muito poderoso.


Seu próprio som pode ser cantado e tocado em uma canção já existente. Seguindo o exemplo acima, se você vai cantar ‘Ousado Amor’, essa é a sua música base, mas o Espírito de Deus vai te mostrar por onde quer que você caminhe. O que quer que você cante, o que você deve transmitir através dessa música, com o seu próprio som!

Finalizando, como Ruth Heflin diz, não é a música que vai trazer a atmosfera de adoração, mas é a Presença dEle. O seu próprio som é para isso, ele é perfeito para atrair a presença dEle. Não importa se você não é uma Ana Paula Valadão, uma Gabriela Rocha, um Isaías saad, uma Jen Johnson da vida, Deus te criou com um som próprio que atrai a presença dEle de forma pessoal, assim como eles. Não importa se você está ministrando ‘Ousado Amor’ de uma versão pronta, a sua forma de executar é apenas sua e é inspirada por Ele.


Ouse!


Abraços,

Dani.

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