A importância da audiência

A audiência com Ele nos traz pro lugar certo. Falamos muito por aqui da importância que existe na comunhão diária com o Espírito Santo e que isso nos torna mais próximos do Eterno. Quanto mais libertos de nós mesmos, mais parecidos ficamos com Ele. Esse é o lugar certo.

Esta semana uma amiga me passou uma música que eu não consegui parar de ouvir. Se chama “Quebro o meu vaso”. Ela tem uma frase muito linda que ficou firme no meu coração “ Basta olhar no Teu rosto. Eu fui perdoado logo que Te vi”. O segredo é: a Face de Jesus.

Não há como olhar ou se imaginar olhando para a face do Senhor e não se perder nos seus olhos. Ele é a imagem perfeita de Deus (Col. 1. 15) e Deus é o próprio amor (1 Jo 4.16). O amor de Cristo nos constrange (2 Co 5.14). Alguns sinônimos da palavra constranger são: impelir, coagir, sujeitar, subjugar. O Seu amor é capaz de coagir nossa carne e acordar nosso espírito para voltarmos a aquilo o que realmente somos: a Sua imagem. Somente pelo Amor (ágape) somos capazes de alcançar esse feito.

Não é errado pedir nas nossas orações e momentos de reunião para que possamos ver a face de Jesus. Fico pensando como era a sua face. Talvez não seja mesmo uma beleza escomunal (como alguns dizem por aí, o que eu discordo...), mas você já parou para imaginar no poder que havia em sua face? O que devia haver em seus olhos que fez Pedro, Tiago, João, etc.. largarem o que estavam fazendo e segui-lo imediatamente? Ou até mesmo para que tantas pessoas tivessem estima por Ele e o seguisse? Não acredito que era só por causa dos milagres ou da sua palavra, há algo profundo em sua face, em sua presença, em seus olhos.

Ruth Heflin, a autora que eu amo e que eu sempre cito aqui (rs..), conta que quando estava em Jerusalém, junto com as pessoas que estavam sempre ali orando, aprenderam algo muito lindo a respeito da adoração. Na adoração, geralmente começamos aos pés de Jesus, ficamos ali o adorando, o molhando com as nossas lágrimas, entretanto, há algo mais, há o Seu rosto. Não é errado orarmos pedindo para ver o Seu rosto. Não há nada de errado em pedirmos para que seus olhos nos constranjam com o Seu amor, de verdade. Há um poder na presença de Jesus que nos leva até a Glória. A adoração é o caminho para entrar e permanecer na Glória, como ela mesmo diz.

Fico imaginando se todos os cristãos pudessem ter essa perspectiva de que a presença de Jesus não é algo fantasmagórico, que o Espírito Santo não é um fantasminha, mas que são pessoas. Podem não ser humanos, mas possuem sentimentos, vontades e presença. Muitas pessoas me contam histórias de suas experiências reais com Jesus (eu amo ouvi-las). E fico imaginando como seria estar em um lugar com todas as pessoas discernindo essa importância.

O pastor da nossa igreja atual nos comissionou para estarmos liderando um grupo de louvor jovem, que está começando conosco. Confesso que está sendo uma experiência nova e incrível. Amamos música, amamos Jesus e obvio, a vontade foi logo de esquematizar os ensaios, as divisões de vozes, etc.. Mas o direcionamento do Espírito Santo foi logo um “calma”. Para nós, esse tempo está sendo de: não tocar, não ministrar e não se programar para tal, mas, tirarmos tempo para buscarmos juntos, adorarmos juntos, aprendermos a buscar a face de Jesus juntos, até discernirmos e estarmos alinhados em uma mesma visão. Confesso que milagres tem acontecido. Esses momentos têm alinhado nosso coração um ao outro, nos dado humildade e nos curado de muitas coisas. Cada dia, algo novo acontece, aprendemos algo novo.

A mulher que quebrou o vaso de perfume aos pés de Jesus (Jo 12.3), foi a expressão de amor mais pura e genuína daquela mulher. Muitos ali não a entenderam, mas Jesus compreendeu tudo. Era adoração pura. Ela sabia que não poderia retribuir o Amor que recebeu de Cristo, mas, sua atitude demonstrou que ela também O amava. Ela compreendia a importância da Sua presença. Por um momento, em meio a tantas coisas, para os dois, só havia os dois. Esse é o melhor lugar para qualquer um estar. A melhor audiência.

Abraços,

Dani.